‘A sabedoria que Fala’: 21 idosos participaram do projeto no bairro Renascer
Livro está em fase de edição gráfica e será entregue na próxima semana em Criciúma
Papéis, lápis, borrachas, tintas e pincéis. Foi através destes materiais, que 21 idosos, usuários do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do bairro Renascer, relataram fatos, situações e experiências de superação. Trata-se do projeto ‘A sabedoria que fala!’, que tem por objetivo minimizar prejuízos psicossociais por conta do isolamento e promover interação com quem está internado, sem receber visitas. Os relatos foram compilados em um livro, que já está em processo de edição gráfica e será entregue ao Hospital São José (HSJ) na próxima semana e ficarão arquivados no acervo do Cras.
Todas as páginas do livro serão plastificadas para que o livro possa ser higienizado. “Eu coloquei bastante palavra de encorajamento e tentei transmitir conforto aos que estão passando por um momento delicado. Fiquei muito feliz de fazer parte desse projeto”, relatou uma das participantes, a senhora Sonia Pedro Felisberto.
Segundo a psicóloga do Cras Renascer, Luane Barth da Silva Wanderlind, os idosos disseram que sentiram como se estivessem de fato conversando com alguém. “Grande parte falou que está ansioso para que os pacientes hospitalizados recebam em forma de carinho suas mensagens. Acreditamos que ao passo de que os idosos contam histórias positivas e de superação para outra pessoa, estão reforçando sua própria resiliência e o modo positivo de perceber a vida e as situações”, afirmou.
“Estamos vivenciando um momento histórico, em que o respeito e a empatia se fazem necessários. Por isso, ações como essa são de extrema importância, pois proporciona momentos mais leves para os idosos que se encontram hospitalizados”, comentou a secretária municipal da Assistência Social e Habitação de Criciúma, acrescentando que “A equipe do Cras utilizou da criatividade, que também é fundamental, para buscar estratégias de acompanhamento aos idosos, que no momento, não podem sair às ruas”.
Texto: Maria Henrique Leandro