‘Homem que é homem’ e ‘De dama pra dama’: Cras Renascer contra o feminicídio
Oficinas objetivam desconstruir padrões, contribuir com o empoderamento feminino e combater a violência contra a mulher
Homem que é homem não chora, não veste rosa e sustenta a família. Frases como estas são reproduzidas, ao longo do tempo, por grande parcela da população. Para que isso possa ser aos poucos desconstruído, os profissionais do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Renascer, promoveram a oficina ‘Homem que é homem’. Uma roda de conversa com o tema ‘De dama pra dama’ também foi realizada. Nela, foram abordados assuntos relacionados à violência contra mulher e como identificá-la.
O objetivo dessas oficinas é desconstruir padrões, contribuir com o empoderamento feminino e combater a violência contra a mulher. “Existe um alto índice de violência contra mulher. Falar sobre o feminicídio é fundamental, pois muitas mulheres estão morrendo pelo simples fato de serem mulheres. Entendemos que as oficinas são formas de falar sobre o assunto e contribuir para a erradicação da violência”, afirmou o coordenador do Cras Renascer, Dalmo Paim de Oliveira.
A roda de conversa ‘De dama pra dama’ foi realizada nesta quinta-feira (19). Foi falado sobre relacionamento abusivo, como identificar e como sair deste. “Essa iniciativa do Cras Renascer foi muito bacana, uma vez que trabalhamos com famílias e com o foco na prevenção”, reforçou Patrícia.
Já a oficina ‘Homem que é homem’ ocorreu nessa quarta-feira (18). Os profissionais do Cras Renascer abordaram alguns homens que estavam passando pelo bairro e foram questionados sobre o que é ser homem. Cerca de 10 homens participaram da ação, reinventando as falas que são reproduzidas. Cada um substituía a fala, dizendo que homem que é homem ama e respeita, por exemplo.
“Desta vez, o foco foi trabalhar o feminicídio com os homens. Foi um enfoque diferente do que estamos acostumados. Trabalhar com os homens, ouvi-los e entende-los e quebrar alguns tabus é algo de extrema importância e que se faz necessário no dia a dia, de forma reflexiva”, comentou a secretária municipal da Assistência Social e Habitação de Criciúma, Patrícia Vedana Marques.
Texto: Maria Henrique Leandro
Fotos: Divulgação/ Decom